Se você esteve nas redes sociais nas últimas semanas, provavelmente notou uma nova tendência entre jovens e adultos: o uso de chupetas como forma de aliviar estresse e ansiedade. A prática, que surgiu na China, rapidamente ganhou força e se espalhou pela internet. Mas especialistas alertam que o uso de chupetas pode ser prejudicial à saúde em qualquer fase da vida.
Por que as chupetas podem ser prejudiciais à saúde?
Segundo a Confederação Nacional das Cooperativas Médicas (Unimed), o uso excessivo de chupeta durante a infância pode levar a alterações na posição dos dentes e deformações nos ossos e músculos da face, prejudicando funções essenciais como mastigação, fala e respiração.
Esse hábito também favorece a respiração bucal, o que pode resultar em sono agitado, ronco, cansaço excessivo e a redução do leite materno, interferindo no ganho de peso da criança.
Um estudo publicado na European Addiction Research aponta que o uso prolongado de chupeta na infância pode estar ligado ao início precoce do tabagismo na adolescência. A pesquisa, conduzida por Helenice R. Ferreira e colaboradores, indica que a chupeta pode influenciar comportamentos futuros relacionados à dependência.
Já o uso de jovens e adultos o que parece inofensivo e até “engraçado” pode trazer sérios riscos à saúde, destaca a dentista Ilana Marques. Segundo ela, o uso prolongado do objeto pode causar problemas na articulação temporomandibular (ATM), aumento do risco de fraturas dentárias e até mudanças na postura e respiração.
“Isso acontece porque o hábito constante de pressionar e morder a chupeta pode gerar microtrincas no esmalte, enfraquecer os dentes e predispor a fraturas, especialmente em dentes já desgastados ou restaurados”, explicou Ilana.
A dentista explanou ainda, manter a boca em posição aberta para segurar a chupeta altera a posição natural da mandíbula, quando a mandíbula é forçada a ficar em uma posição diferente do natural, essa alteração pode “puxar” ou desalinhar a cabeça em relação ao pescoço. Para manter a cabeça e o pescoço estáveis, o corpo vai usar outros músculos para compensar esse desalinhamento.
Fonte: Olhar Digital