Em 2018, um incêndio devastou 92% do acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Após sete anos fechada, a instituição reabre para o público nesta quarta-feira (02), com exposições de algumas das peças mais famosas da coleção.
A reabertura é parcial, já que a reforma completa está prevista para ser concluída em 2027. Ainda assim, itens como o meteorito Bendegó e fragmentos do crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo das Américas, estarão à vista dos visitantes.
Reabertura será com a exposição Entre Gigantes (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil/Reprodução)
Incêndio no Museu Nacional devastou acervo
Em setembro de 2018, o incêndio no Museu Nacional devastou 92% do maior acervo de história natural da América do Sul, que tinha mais de 20 milhões de itens. A instituição foi fundada em 1818 e é uma das mais antigas e importantes da América Latina.
A Polícia Federal descartou ação criminosa e apontou um curto-circuito em um ar-condicionado como causa do acidente. Fósseis, artefatos indígenas e documentos históricos foram perdidos. Já alguns itens puderam ser recuperados dos escombros, como fragmentos do crânio de Luzia, ou sobreviveram ao fogo, como o meteorito Bendegó.
Uma reformada orçada em R$ 517 milhões está reconstruindo o local e tem previsão de conclusão até o fim de 2027. Segundo o g1, o financiamento veio de empresas públicas e privadas, através do projeto Museu Nacional Vive (parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UNESCO e o Instituto Cultural Vale).
Mesmo assim, o Museu Nacional, que fica na Quinta da Boa Vista (na zona norte da capital carioca), está reabrindo parcialmente ao público.
O que está em exposição no Museu Nacional
A reabertura parcial será com a exposição Entre Gigantes. Entre os itens expostos, estão o meteorito Bendegó e o esqueleto completo de uma cachalote, com 15,7 metros de comprimento, o maior exposto na América do Sul. A peça passou por um processo de restauração e montagem que durou dois meses, e fica sob a nova claraboia do prédio.
Além disso, o crânio de Luzia, elementos arquitetônicos restaurados, esculturas de mármore de Carrara e obras do artista indígena Gustavo Caboco (que reinterpretou o meteorito) também estarão à vista do público.
Cachalote ficará sob a claraboia do edifício (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil/Reprodução)
E apesar do incêndio ter devastado a grande maioria do acervo do Museu Nacional, a instituição vem recuperando parte das peças a partir do projeto Recompõe. A iniciativa também recebe doações de outras instituições (brasileiras e internacionais) e de famílias com itens de interesse público para compor a nova coleção. Entre os objetos recebidos até agora, estão fósseis, peças históricas, animais taxidermizados e conchas.
Atualmente, o acervo conta com 14 mil peças. Um dos itens de destaque foi doado pelo Museu Nacional da Dinamarca: o manto tupinambá, usado em cerimônias indígenas no século XVI.
Meteorito Bendegó sobreviveu ao fogo e também estará em exposição, logo na entrada do museu (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil/Reprodução)
Como visitar o museu:
- A exposição Entre Gigantes está aberta ao público a partir desta quarta-feira e pode ser visitada gratuitamente até 31 de agosto;
- Além da exposição, os visitantes podem saber mais informações sobre a reforma do Museu Nacional;
- Os ingressos devem ser retirados no site da Sympla. Você pode acessá-los por este link;
- O museu também lançou um formulário de sugestões para o nome da cachalote. Você pode deixar sua sugestão neste link.
Via: Olhar Digital
